Oi oi! Sei que vocês estão loucos por ler a terceira parte da minha viagem a Tóquio - não vos censuro, com essa vidinha de mosca, precisam mesmo de um ou outro post da Sílvia para alegrar a vossa rotina. Contudo, antes de a postar, deixem-me contar uma coisa que me aconteceu hoje...
Bem, estava eu na rua, usando óculos de sol - chovia, mas tenho de mostrar que estou in, não é? - quando, de repente, um carro pára, cheio de jovens adolescentes portuguesas. Saíram de imediato do carro, entre risos histéricos e elogios. Foi então que uma delas berrou "Sílvia, és mesmo tu?", ao que eu pisquei o olho, dizendo "Conhecem outra, que tenha traços asiáticos?". Abraçaram-me logo, tiraram-me fotos, e eu estava meia atordoada. Foi então que outra, que não tinha um dente e que tinha hálito de quem gosta de dar linguados a doninhas, disse "Somos fãs! Vamos todas as semanas ao teu blog... nós já te tínhamos visto na rua várias vezes, mas tínhamos vergonha..." e outra disse "Olha e o Rui? Olha nós queremos saber novos detalhes da tua vida, despacha-te a postar ou levas!" e tentaram saber o que se tem passado na minha vida. Que fiz eu? Mandei-as pastar. Sim, se querem saber, continuem a vir cá... e comentem!
Já agora: estou no Porto, definitivamente. Depois saberão porquê. Ah, e todos me adoram, como vêem... hihihi caso para dizer: arrasei!
Tuesday, May 20, 2008
Wednesday, May 7, 2008
Destino - Tóquio: Parte 2

Sim, a vossa japa favorita andou sem postar desde 24 de Fevereiro. 24 de Fevereiro, quase dois meses sem terem notícias minhas... pergunto-me como sobreviveram. Claro que voltei - e com imensas novidades. Como vêem, esta é a segunda parte da minha viagem com a Sónia. Mal vocês sabem o que nos aconteceu logo na primeira noite em terras asiáticas... continuem a ler.
- Não, Sílvia... não. Vamos é aproveitar... estamos em Tóquio, Meu Deus, Tóquio! É de noite, temos dinheiro, somos raparigas jovens e eu trouxe um dicionário de japonês... Por isso, não. Não vamos para um hotel dormir, vamos divertir-nos! - gritava a Sónia, enquanto estávamos no táxi.
O homem, um japonês velhote, levava-nos para um hotel e olhava-a com uma cara muito intrigada. Mandei-lhe um beijo, reparando que ele me apreciava pelo retrovisor, ao que ele correspondeu com um olhar que tentou ser sensual, em vão.
- Deixe-nos aqui - pedi, falando inglês, claro.
Ele, apesar de contra vontade, lá nos deixou. Contudo, antes de se ir embora, usámo-lo como mula de carga para levar as nossas malas ao quarto de Hotel, um mísero hotel de 4 estrelas que o dinheiro da chique iria pagar. Depois de fazermos o check-in, fomos então ao quarto e deitámo-nos na cama as duas, apreciando o luxo que nos rodeava... por mim ficava ali a noite toda, claro, a descansar...
- Ew - disse a Sónia, subitamente. - O motorista deixou um papel com o número dele.
Enquanto eu me ria daquilo, a Sónia abriu uma garrafa de champanhe e começou a bebê-la, que nem uma doida. Já a embebedar-se, na primeira noite?
- Conta comigo! - gritei, esquecendo que no dia seguinte iríamos procurar a casa da minha mãe.
Quando me apercebi, já a garrafa tinha acabado e estávamos as duas na rua, descalças e com os vestidos amarrotados, cantando músicas Pop e dançando por entre os lampiões. Os piropos dos carros que passavam, esses eram mais que muitos, como imaginam. Aproveitei e pratiquei os meus dotes de cantora, mas enquanto cantava a "Piece Of Me" quase levei com uma lata de comida para gatos, por isso decidi parar. Pensar que o meu enorme talento seria apreciado num país mais avançado que Portugal foi um erro, obviamente.
Parámos numa bomba de gasolina, pois a Sónia dizia que a bexiga lhe ia rebentar e eu aproveitei para ir comprar mais champanhe. Entrei e todos me olharam... seria eu bonita demais para eles?
- Shi Koku Matsori! - gritou o homem da caixa, que, apercebendo-se de que eu não entendia o que dizia, continuou, em inglês - Não é permitida a entrada sem sapatos!
Tentei disfarçar a vergonha - duas crianças, provavelmente jovens prostitutas, riam-se de mim - passando uns fios de cabelo em frente aos olhos e calcei-me. A Sónia chegou então, rindo-se muito e lá se calçou também. Estávamos nós a comprar vinho quando, de repente, ouvimos um estrondo na porta da frente. Assustada, esgueirei-me pela fila de produtos e reparei que quatro homens encapuçados entravam, berrando coisas em japonês, carregando pistolas.
- Ai...! - gritou a Sónia, com a voz trémula. - Não consigo ler nada do que dizem as etiquetas das garrafas!
Agarrei nela e corri o mais silenciosamente possível - voltei a descalçar-me, claro - por entre as filas, ouvindo berros estridentes ecoar por toda a loja. Depois, assim que vi uma porta de emergência, abri-a, ouvindo um dos homens gritar algo dirigido a nós, apercebendo-se de que tentávamos fugir.
- Hiromi, hiromi, hiromi! - gritava ele, aparentemente dando ordens aos companheiros.
Pedi à Sónia que me ajudasse a fechar a porta e as duas fizemos força para que eles não a conseguissem abrir. Foi então que ela, agora mais sóbria, se lembrou de que eles podiam vir pela porta da frente e me agarrou pelo braço.
- Foge! - gritou, e corremos. Um tiro soou pelo ar: eles corriam atrás de nós.
Medo, digo-vos, não sei o que me deu força para correr, mas a verdade é que o fiz. Deixei cair a minha bolsa no chão mas nem me importei em apanhá-la, afinal tinha dois homens a correr que nem cavalos, armados, atrás de mim. A Sónia, ao meu lado, corria o mais rápido que podia, queixando-se de que os pés lhe sangravam.
- Não pares... por favor! - gritei, chorando. Continuávamos a ouvir gritos japoneses, que nos perseguiam... ao nosso lado, um gato, reparei, comia os restos de um rato... enojei-me mas continuei.
Foi então que um táxi passou ao nosso lado, apitando. De início não olhei, mas quando reconheci a voz olhei para lá, mais contente: era o motorista que nos tinha levado ao Hotel! Abri a porta de trás e entrámos a correr, mesmo com o carro em andamento.
- Acelere! - gritei, vendo os encapuçados continuando a correr atrás do carro, disparando para os pneus. Contudo, não acertaram: as ruas de Tóquio nunca me pareceram tão perigosas como naquele momento.
- Que cheiro é este? - perguntou a Sónia, enojada. Cheirava a... peido.
- Ité! - respondeu o motorista, e ela procurou pelo dicionário na bolsa... mas apercebeu-se então de que também a tinha perdido.
Pedimos de imediato ajuda ao homem, relatando aquilo que se tinha passado e dizendo que tínhamos perdido as bolsas. Ele levou-nos, amável, à esquadra, onde fomos atendidas por homens que nos interrogaram ferozmente sobre o sucedido. No final, eles recolheram depoimentos e mandaram um dos agentes levar-nos de volta ao Hotel. Digo-vos... nunca me senti tão desrespeitada! Mas enfim, nessa noite, quando me deitei com a Sónia na cama, tentei adormecer... estávamos em segurança, agora.
- Boa-noite - murmurei, mas já ela tinha adormecido...
No dia seguinte, acordei com o som do meu telemóvel a vibrar na mesinha de cabeceira. Uns segundos depois, o da Sónia começou a tocar também e ela levantou-se para atender.
- Estou? - disse ela, para o Tomás.
- Kuni? - disse eu, para o Rui.
- Sílvia, onde estás? Tenho andado a tentar ligar-te... e nada. - disse o Rui.
- Eu...? - estava nervosa, tinha-me esquecido de lhe contar da viagem! - Eu... não vais acreditar, mas estou com a Sónia em Tóquio...
- Quê?!
- Ouviste bem - respondi. A Sónia, ao meu lado, sorriu.
- Tu estás em Tóquio? E não me disseste nada? Quer dizer, pedes-me para ir morar para Cascais, para mudar a minha vida toda por tua causa e depois é isto? Vais para outro continente e nem me avisas? Nem me dás satisfações? Eu sou o quê, na tua vida, afinal? É que me parece que ainda não te decidiste sobre isso.
- Olha... foi tudo muito repentino. Estou aqui por causa da minha mãe. Preciso de falar com ela, ela enviou-me uma carta. É importante, não viria se assim não fosse... mas sim, peço desculpa por não te avisar. Foi um erro. - disse, o mais rápido que pude, corada.
- Ah... com que então está a correr bem por aí! Sim senhor... pois, olha eu ainda nem sequer me diverti... ontem à noite houve uma confusão... perdemos as bolsas... nem me lembro direito, já tinha bebido um pouco... sim, estamos a pensar voltar no final da semana...! - dizia a Sónia, ao meu lado.
- Bem... olha, Sílvia, eu gosto de ti. Muito. Mas compreende que tens de mudar um bocado a forma como encaras a nossa relação.
- Tenho, sei disso! - disse eu.
- Domingo à noite, os meus pais vêm cá a casa e querem conhecer-te. Que lhes vou dizer agora? Que foste para o Japão e eu não sabia disso, ontem à noite, quando lhes garanti que iam gostar de te conhecer?
- Depois quero ver essas fotos! - dizia a Sónia. - Sim... Okay, acho que chego a tempo... em tua casa? Tudo bem... Até Domingo, mal posso esperar!
- Diz-lhes que vou estar aí para o jantar e que levo presentes para todos - respondi, confiante. Sabia que o meu avião chegaria a tempo!
Desligámos as duas e fomos para a casa-de-banho fazer a depilação pois as minhas pernas estavam estranhamente cabeludas. Ela contou-me então que o Tomás a tinha convidado a, no Domingo à noite, jantar em casa dele e eu contei-lhe o que o Rui me disse.
- Conhecer os pais dele? Estamos a fazer progressos... - gozou ela.
Nessa altura, o telefone do quarto tocou pela primeira vez e como eu estava a depilar-me na banheira, foi a Sónia quem atendeu. Radiante, saltitou até à casa-de-banho.
- Era da polícia. Encontraram as nossas bolsas! - disse.
Claro que fomos logo a correr para o posto da polícia buscar as bolsas. Agradecemos aos agentes a amabilidade e eles disseram-nos que tivéssemos mais cuidado. Assim que saímos, contudo, vi-me num dilema: tinha prometido ao taxista que ia almoçar com ele, para lhe agradecer. Claro que eu não queria ir... mas pronto, prometi e a minha mãe ia ter que esperar mais um bocado. A Sónia ligou ao homem e marcámos encontro a três, para que eu não ficasse sozinha com ele... contudo, ele pediu, depois do almoço, para ir dar um passeio a sós comigo... a Sónia, sempre a troçar, lá me incentivou a ir e eu lá fui, enquanto ela ficou a palitar os dentes de forma sensual, excitando os adolescentes da mesa ao lado. Okay, o que se passou a seguir foi estranho, até para mim...
Primeiro, ele tentou pôr-me a mão no rabo, coisa que evitei dizendo que me doía da queda que dei durante a fuga. Ele então ofereceu-se para me fazer uma massagem, mas eu recusei e disse-lhe para se pôr à beira de uma árvore para eu lhe tirar uma fotografia - estávamos num jardim -, ao que ele obedeceu prontamente, sorrindo. Depois das fotos - não as tirei, claro, apenas fingi! -, continuámos a caminhar e ele quis saber detalhes da minha vida... pensei mentir, dizendo que vivia em Tóquio desde que nasci, mas assim ele estranharia o porquê de não falar japonês... inventei uma história que seria supostamente o meu passado e ele lá se deu por contente. Depois, começou a elogiar o meu cabelo, os meus olhos, as minhas mãos... e eu, já aborrecida, estava pronta para fingir que a Sónia me ligava a dizer para irmos embora... mas ele disse que adorava ouvir-me cantar, que eu devia ter uma voz fantástica... e sabem que eu nunca recuso um convite desses! Subi para um chafariz e comecei a cantar a "Passion", da Hikaru Utada, e todos os que passavam me ouviram.
- Sabes o que acabaste de cantar? - perguntou ele.
- Não faço ideia! - respondi, rindo-me... ele, contudo, não achou grande piada à minha ignorância e disse que já era tarde e que tinha de se ir embora. Estaria eu, Sílvia, ser rejeitada? Tinha de comprovar!
- Posso ligar-te para jantarmos, um dia destes?
- É... é melhor não. Foi um prazer! - que cabrão odioso, não vos parece? Pior para ele, não querer sair comigo.
Depois de contar à Sónia como tinha corrido o passeio, lembrámo-nos que talvez já fosse hora de irmos à minha mãe, fazer-lhe a tal visita... contudo, havia um problema: nem eu nem ela sabíamos falar japonês de forma fluente. Precisávamos de um tradutor... o taxista estava fora de questão pois, como se viu, não tinha vontade de me ver novamente... Lembrei-me então de que podíamos ir à Embaixada Portuguesa pedir ajuda, quando via um sem-abrigo comer os excrementos de uma pomba morta.
E fomos. O plano era o seguinte: a Sónia procuraria algum funcionário atraente, falaria um pouco de japonês para testar o seu conhecimento na língua e, caso ele respondesse atenciosamente, pedir-lhe-ia ajuda. Claro que aquilo estava cheio de gente que fala português - que alívio foi! -, pelo que me senti mais em casa - irónico, não acham? Então eu sentei-me num banco, olhando para a foto de ConiPiçi - por falar nisso, ele apareceu-me num sonho, ultimamente...! Dizia que estava no céu e que arranjou uma namorada, RataMastro...! - enquanto a Sónia, com os seus sapatos de tacão, se aproximou do balcão e falou qualquer coisa em japonês, com a máxima sensualidade possível. Uma hora depois, eu, ela e o funcionário, de nome Angelino, conversávamos, no exterior.
- Bem... hoje não vai dar - respondeu ele. - Adorava poder ajudar-vos mas trabalho até tarde... Amanhã estou de folga, se precisarem...!
Que caganita, eu que queria despachar aquele assunto o mais asiática e rapidamente possível! Enfim, claro que trocámos números, esperando que no dia seguinte ele nos ajudasse. Contudo, vimo-lo mais cedo: ele convidou-nos para sair à noite com ele, a um bar que, segundo o que dizia, íamos adorar...
- Aceitam? - perguntou. Nem é preciso dizer o que respondi! Mas Okay, para os burros: claro que fomos.
Passámos o resto da tarde enfiadas na casa-de-banho, falando sobre o Hugo e sobre o Tomás e queixando-nos de como seria difícil estarmos lá a tempo, no Domingo. Depois de tomarmos banho juntas, de termos pintado as unhas uma à outra e de termos falado um pouco com a Chique - a Bázita, claro - sobre como estava a correr a viagem, lá nos vestimos e fomos de encontro a Angelino. A princípio, estranhei ao ver uma mulher quarentona semi-nua a dançar numa vitrine, sob o letreiro do bar, mas pronto, ele dizia que íamos adorar, por isso lá ignorei esse pormenor e concentrei-me na forma como ele olhava para a Sónia. É que não parava de olhar para o rabo dela! Também, quem é que o pode condenar, hihihi, certo?
Era um bar de strip. Sim, leram bem, strip. Estavam lá dezenas de chinocas a babar-se para cima das japonesas que abanavam o rabo em cima da passadeira e suavam para cima do varão, emitindo sons de excitação. As notas, essas voavam em direcção aos soutiens delas... eu virei-me para a Sónia, que me olhou, horrorizada, como é evidente.
- A nossa mesa é ali - disse ele, sorrindo. - Reservei-a e tudo especialmente para nós. - E depois riu-se, tentando ser sensual, mas os dentes eram amarelos demais para isso.
Sentámo-nos mas era claro que eu e a Sónia estávamos desconfortáveis com a situação. Ela, com medo e já se tendo apercebido do interesse dele, estava sempre colada a mim, evitando as tentativas de engate dele. Angelino, por sua vez, arrotava a cada cinco minutos e contava piadas das quais apenas ele se ria. "Que nojo de homem...", pensei. Foi então que uma chinoca olhou para mim, lá do palco, e sorriu sensualmente enquanto fazia um gesto convidativo. O quê? Convidavam-me para ir dançar ali? No japonesa way...
- Vai! - incitava Angelino. A Sónia ria-se de mim, na altura...
- Okay, vamos as duas - garantiu-me, puxando-me pelo braço. - Assim livrámo-nos dele por um bocado, também... - continuou, enquanto nos dirigíamos para a passadeira.
Subimos, sendo aplaudidas pelos homens, que riam e levantavam as mãos no ar com notas. Eu e ela sorrimos sensualmente uma para a outra: tínhamo-los na mão... Começámos a dançar, enquanto as outras nos rodeavam, já quase nuas. Sónia fez vários movimentos sensuais, baixando-se muito perto dos clientes... eu aproximei-me dela, a certa altura, e sussurrei-lhe no ouvido que lhe ia puxar a saia para baixo. Ela, contudo, berrou que não, pois não tinha cuecas. Contudo, uma das chinesas aproximou-se também e puxou-lhe a saia, rapidamente, deixando-a nua em frente a todos. Digo-vos, nunca vi a Sónia tão nervosa...
Atirou-se à mulher, espancando-a violentamente e chamando-lhe nomes. Eu estava em choque, assim como todos que assistiam... A outra berrava, vendo Sónia rasgar-lhe as cuecas. Os seguranças, quando as duas se arranhavam mutuamente, lá intervieram e a "festa" acabou. Fomos expulsas do bar. Mas Angelino veio atrás de nós...
- Bem... que cena - disse ele. - Amanhã vou convosco, então?
- Sim. Até amanhã - respondi.
Depois, quando íamos para o Hotel, falei com a Sónia, que chorava, de vergonha... Eu comecei-me a rir, claro, e ela também, segundos depois.
- Foi divertido, ao menos, não achas?
- Só tu...! - disse ela, e rimo-nos.
No dia seguinte, Angelino encontrou-se na porta do Hotel à hora combinada, por volta das 11:30 da manhã. Tentou apalpar Sónia, reparei, mas ela desviou-se a tempo... que perverso! Bem, mas também só precisávamos dele para aquele dia, por isso havia que aguentar... Fomos então no carro dele - um carro de 1980 que cheirava como a minha casa-de-banho depois do meu avô passar lá a tarde com diarreia - até à morada que eu tinha num papel, da minha mãe.
- Estás nervosa? - perguntou-me Sónia.
- Um pouco - tentei ser forte. Claro que estava... ia ver a minha mãe, pela primeira vez na vida...! Estacionámos e, depois de eu pedir uns minutos antes de irmos, lá tocámos à campainha. Cinco minutos depois, uma mulher, ainda em pijama, abriu a porta, a sorrir... quando nos viu, contudo, a sua expressão mudou drasticamente, tal como a minha. Eu, sem saber o que fazer, dei alguns passos atrás e voltei as costas. Sónia aproximou-se de mim e agarrou-me as mãos.
- Diz-me que aquela não é a mulher que nos convidou ontem a dançar, lá no bar. - pedi, mas não precisava de confirmação nenhuma.
Fugi, claro, e nesse dia passei a tarde na cama, com a Sónia... Por tudo isto, cada vez mais chego à conclusão de que eu, Sílvia, a japonesa mais aportuguesada que já conheceram, não nasci para ser feliz...
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