Sunday, January 27, 2008

Um clube *restrito*


Na foto - eu no McDonald's, no dia em que conheci o Rui. Saudades! ;(

Bem, mas deixemo-nos de lamechices amorosas e passemos a outros assuntos. Apesar dos meus dedos ainda estarem doridos por causa do relato de ontem, hoje quero voltar a comunicar convosco, desta vez para vos contar toda a história por detrás do famoso Clube das Bêbadas, um clube secreto do qual poucas conseguem, algum dia, fazer parte. Continuem a ler.

Tudo começou em 1995, tinha eu 8 anos e acabava de chegar a uma nova escola. Vivia com os meus avós, já separada da minha mãe que, como já vos contei, fugiu para o Japão porque estava cá clandestina... O meu pai estava, como imaginam, na prisão, provavelmente a ter sexo anal com outros prisioneiro pela altura da primeira vez que eu irrompi pela sala de aula e troquei olhares com a Sónia. Feia, magra, sem-mamas, ela era apenas uma maquete do que é agora, digo-vos, tudo se afigurava para que nós fôssemos inimigas: quem é que não invejaria uma beleza e inteligência como a minha, naquela escolita? A Sónia seria apenas mais uma a odiar-me, a invejar-me, enfim, acho que percebem a ideia!

Mas não. Em vez disso, uma vez quando eu estava lá na cantina a comer, sozinha, ela veio sentar-se e dividiu o almoço dela comigo. Aí, começámos a falar, a rir, a conversar, e quando dei por mim estava, um mês depois, deitada na cama dela com duas amigas nossas - a Flayoko (nome japonês, seus ignorantes) e a Susana a engendrar planos contra os rapazes e a jogar jogos invocando espíritos - nem vos falo da vez que invoquei Buda, e ele me disse que ia ser Miss Japão...! Enfim, ficámos amigas as quatro e fizemos pactos asiáticos, prometendo uma amizade duradoura.

Hoje, contudo, desse clube só eu e a Sónia restamos. As outras foram para escolas e cidades diferentes, deixaram de manter contacto - soube até por uma amiga que a Susana se casou e que a Flayoko ponderava uma operação de mudança de sexo. Claro que eu e a Sónia conseguimos manter esta amizade graças a fortes e bêbados laços que nos unem, não fôssemos eu e ela as perfeitas amigas. É por isso que, agora em Cascais, sinto saudades dela - muitas, ela era a minha família, afinal. É por isso que pondero a infeliz escolha de voltar para o Porto, abandonar esta terra de riqueza e sol. Ah, calma, estão a ligar-me, já continuo!

Ai... ai cruzes. Perdão... ai qualquer-coisa-que-os-budistas-usem. Era o meu pai, dizendo que se quer encontrar comigo. Cheia de medo, menti, claro, dizendo que me mudei para a Tailândia com os meus avós! Enfim, que horror de pai aquele. Calma estão a tocar à campainha - a chique foi sair com o marido, e eu fiquei aqui, sozinha, calma. AI MEU... ai. O pc ficou ligado por várias horas, enfim, passei a tarde fora! Era o Rui. Não sei como---, ele veio até cá. Fazer o quê?, pensam vocês, dado que ele me tinha feito um ultimato! Mas olhem, enfim, eu fui lá a tremer ao encontro dele e fiz-me de forte, dizendo apenas "olá". Ele disse "Olha, precisamos de falar, podemos ir dar um passeio?" e eu "Não", claro, não ia dar passeio nenhum com ele. "Olha, Sílvia, deixemo-nos de jogos. Eu amo-te, e tu amas-me, eu sei disso. Já temos um passado juntos, quer queiras quer não. Por isso, explica-me: que vamos fazer?".

Beijei-o, enfim, beijei-o. Não sabia o que fazer mais. Entrei no carro e passámos a tarde toda a andar de carro, a namorar e a cantar. Foi então que, quando parámos, reparei onde ele me levara: àquela casita no meio da serra, sabem, onde nós tivemos uma escapadela romântica? Quando me apercebi, chorei. Digam-me, quando é que eu alguma vez podia ter comparado uma cadela com um namorado destes? Só podia estar doida.

- Muda-te para Cascais - pedi, quando ele me deixou aqui ainda há minutos.

3 comments:

Anonymous said...

Ai Sil'!
Rui e voce fazem um cásau perfeitoooo....

Smiliii asiatjico do Brasiu: xD!!!!!

Anonymous said...

oh amanda um estouro nele ! : D

Anonymous said...

caga e anda... faz como eu. chamam-me puta todos os dias e eu ando aqui a abanar-me!