Thursday, August 9, 2007

Não perde pela demora

Oi meus leitores! Gostaram dos posts de ontem? Espero bem que sim, porque só vocês têm acesso a essas informações. Vocês, que lêem este blog e fazem figas, secretamente, para que a minha vida dê certo. Vocês, que me enviam e-mails preocupados. É a vocês que vos conto o que se passou hoje comigo.

Pois bem, hoje a minha manhã foi preenchida por algumas entrevistas a empregos que fiz. Vesti uma roupa discreta e lá fui eu bater de porta em porta, a pedir por emprego. Cheguei à uma da tarde e nenhuma das entrevistas correra bem, devido ao meu nervosismo. Sentei-me na relva, num parque da cidade, a reflectir no que fazer. Foi então ao sentir a urina de um cão sobre a minha perna esquerda que me lembrei do que fazer: recorrer à Josefa. Levantei-me, berrei com o cão e apanhei um autocarro para a zona mais idosa da cidade.

Saí do autocarro e caminhei pelo passeio. Antes de entrar no café, respirei fundo e caminhei por entre as mesas impestadas de velhotes, que me mandavam piropos enquanto eu continuava, confiante, até ao balcão, lá ao fundo. "Sim, sei que sou boa, continuem a babar-se", pensava, não conseguindo disfarçar um sorriso. Adoro dar show, sabem disso. Cheguei lá e a Josefa veio da cozinha e, mal me viu, gritou "Sílvia, minha piquena, tudo bem amor? Ouvi dizer que estás prenha, deixa-me ver essa barriga!" e eu tentei manter a pose, apenas respondendo "As notícias correm depressa", enquanto ela me tocava com as mãos gordurosas.

"Que fazes aqui? Vieste visitar a tua velhota?", perguntou-me ela. "Acha mesmo que vinha aqui para visita-la?", disse eu e ela "Então?", ao que respondi "Vim implorar-lhe emprego, que me aceite de volta". Aí, ela ficou silenciosa. "Pois... Mas Sílvia, é que..." e eu pensei logo no pior: ela tínha-me substituído. "PÁRA TUDO! Você não me substituiu, pois não?", berrei, olhando para a cozinha. Ela tentou explicar-se mas eu não me deixei enganar e entrei por lá a dentro, apesar dela me tentar impedir.

Então tentem adivinhar quem é que eu vi a comer um rissol à socapa, enquanto fazia uma tosta-mista, lá na cozinha? A Cátia! Sim, aquela rameira. Fiz um escândalo, arremessei com pratos pelo ar, parti uma vassoura. No fim? Fui expulsa por um grupo de velhotes. Apanhei o autocarro e voltei para casa, furiosa. O ConiPiçi (meu gato) mal me viu entrar, escondeu-se logo no armário das panelas. Ele já sabe que quando estou assim sou capaz de cometer loucuras! Agora digam-me, que faço? Se não encontro emprego rápido, nem quero pensar...
Quanto à Cátia? Vejam o título do post. Beijinhos asiáticos

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